terça-feira, 30 de novembro de 2010

Audi revela o conceito de corrida GT4 Concept

Modelo servirá de base para programa esportivo da marca. 

Protótipo é uma versão do TT com motor TSI de 340 cv.


A Audi revelou na corrida da DTM em Xangai o GT4 Concept, protótipo que servirá como base de programa esportivo que será oferecido para clientes da marca a partir de 2012. O modelo é, na verdade, uma versão do TT. Para-choques frontal e traseiro e aerofólio, por exemplo, derivam do TT RS.
Audi GT4 Concept 
Audi GT4 Concept (Foto: Divulgação)
Ele é equipado com motor TSI de 340 cv. A transmissão é S-tronic com diferencial blocante. Na suspensão, o carro traz amortecedores ajustáveis e, para completar, a versão para pistas ganhou rodas de 18 polegadas.
Em busca de melhorias no desempenho, capô, portas e tampa do porta-malas são feitos em plástico reforçado com fibra de carbono.
De acordo com a Audi, o modelo de competição deverá ser comercializado por 120 mil euros (R$ 274,7 mil). A expectativa é de vendê-lo somente nos mercados europeu e asiático.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Primeiras impressões: Ford Fusion Hybrid

Sedã de luxo 'verde' está à venda por R$ 133.900 e roda até 18,4 km/l.

Mas a diferença para a versão de entrada é o preço de um New Fiesta.


Ford Fusion 
Ford Fusion híbrido já está à venda por R$ 133.900
(Foto: Divulgação)
A Ford é a segunda fabricante a trazer um carro híbrido, que combina motor a gasolina e elétrico, ao Brasil. Para estrear a tecnologia 'verde' em território nacional, a marca escolheu o sedã de luxo Fusion, modelo consagrado nos Estados Unidos e por aqui, mercado que ele lidera com folga. A novidade já está nas lojas, em uma única versão, por R$ 133.900, o que faz do sedã, por enquanto, a opção híbrida mais "em conta" no país. O Mercedes-Benz S400 Hybrid, vendido desde maio deste ano, custa US$ 253 mil -pela faixa de preço, não é concorrente direto do Fusion. O novo modelo rivaliza com outros sedãs de luxo de mesmo porte (veja tabela abaixo), mas sem a mesma tecnologia.
Apesar de ser mais viável, a versão ecológica custa R$ 48.740 a mais do que o modelo de entrada, oferecido por R$ 85.160, e é R$ 26.540 mais cara que a configuração V6, que traz motor mais potente a combustão e pacote de série próximo ao do Hybrid. De diferente da opção convencional há o motor e um gerador elétrico, uma bateria de níquel metal, localizada atrás do banco traseiro do carro, uma nova transmissão automática continuamente variável, ar-condicionado elétrico, sistema de integração e airbag para joelho do motorista, num total de sete bolsas infláveis.
O motor 2.5 da versão híbrida é irmão do que equipa o modelo somente a gasolina, mas tem menos potência (são 158 cavalos ante os 173 cv do bloco convencional) e torque menor (18,04 kgfm, contra 22,9 kgfm). No entanto, no uso combinado com o propulsor elétrico, o carro pode atingir 193 cv de potência que, segundo a fabricante, permitem a aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 9,1 segundos, o mesmo desempenho de um Mini Cooper, que é equipado com motor 1.6 de 120 cv, mas pesa 547 kg a menos.
Ford Fusion 
Sedã sai apenas com o motor elétrico e pode rodar com ele até os 75 km/h (Foto: Divulgação)
Silencioso
O isolamento acústico também sofreu alterações e está melhor. Ao girar a chave, a ausência de barulho dá a sensação de estarmos a bordo de um veículo totalmente elétrico. O condutor só tem certeza que o carro está ligado por causa do ponteiro do conta-giros, que "dá" sinal de boas-vindas, e o sistema de interação, apelidado pela Ford de SmartGauge, que mostra a carga da bateria e qual propulsor está trabalhando. Durante a condução, o motorista pode medir sua eficiência por um gráfico localizado em uma tela de 4.3 polegadas, no canto esquerdo do quadro de instrumentos. Quanto mais folhas surgem na tela, mais econômica está sendo a viagem.
Ford Fusion 
No quadro de instrumentos, uma sistema orienta o
motorista para uma guiada eficiente (Foto: Divulgação)
Ao sair com o veículo, entra em ação apenas o propulsor elétrico, que pode conduzir o carro até os 75 km/h. É o motorista quem dá o aval para o motor a combustão entrar em ação, de acordo com a intensidade da pisada no acelerador. A força na frenagem também influencia diretamente no sistema híbrido do Fusion, já que os freios são regenerativos e recuperam até 94% da energia gasta para recarregar as baterias. A carga é feita também pela energia resultante do processo de combustão do motor a gasolina. Ou seja, dispensa o uso de tomadas.
De acordo com a fabricante, o consumo de combustível do Hybrid é de 18,4 km/l na estrada e 16,4 km/l na cidade. O gasto é 9% inferior ao do Ford Ka 1.0 (19 km/l e 15 km/l) e até 52% menor do que o Fusion convencional, segundo os dados da fabricante. Além do motor elétrico, os números devem ser atribuídos à nova caixa CVT que comanda as trocas do motor elétrico e a combustão de forma eficaz e mais macia, quase imperceptível.
Ford Fusion 
Cabine traz o mesmo requinte do modelo convencional, mas está ainda mais silenciosa (Foto: Divulgação)
Mesmo com a redução considerável no gasto com combustível, o Fusion Hybrid ainda pesa no bolso. Com a diferença para o modelo de entrada, por exemplo, é possível pechinchar para levar para casa também um New Fiesta (que parte de R$ 49.900). A marca sabe que isso vai pesar na decisão de compra do consumidor e aposta suas fichas em pessoas que pagam qualquer preço por novas tecnologias e empresas que levantam a bandeira da sustentabilidade. Até o presidente Lula já circula com uma unidade, cedida em comodato para a frota presidencial. Para a Ford, o que vier é lucro.

Obama faz pausa em cúpula da Otan para 'vender' híbrido da GM

Ampera deve ser vendido na Europa a partir do próximo ano.

'Esse é o futuro', disse o presidente americano.

Obama Carro híbrido 
Obama apresenta o híbrido Ampera, da GM, em Lisboa. (Foto: Reuters)
O presidente dos EUA, Barack Obama, deu um tempo em suas atividades na cúpula da Otan em Lisboa neste sábado para fazer propaganda do novo carro híbrido Ampera, da General Motors, que deve chegar à Europa em 2011.
Obama atuou como 'vendedor-em-chefe' do modelo Ampera da GM Opel apenas dias após ter afirmado em Washington que os contribuintes norte-americanos receberiam seu dinheiro de volta após terem ajudado a salvar a GM com um pacote financeiro do governo que foi bastante criticado.
Chamando o Ampera de 'um exemplo da tecnologia GM', Obama afirmou: 'Esse é o futuro'.
'Esse é um carro feito na América', disse ele, após inspecionar um Ampera no centro de convenções onde acontece a cúpula da Otan. 'Vamos começar a vendê-lo na Europa'.
Na semana passada a GM voltou a se tornar uma empresa com oferta pública de ações, com  grande interesse de investidores, e a Casa Branca tentou ganhar o crédito por seu sucesso na recuperação na companhia.
A insatisfação popular com a ajuda à montadora, junto com os pacotes para salvar os bancos de Wall Street, contribuíram para a queda brusca na popularidade de Obama e a derrota do Partido Democrata na eleição parlamentar de 2 de novembro.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Com metas ambiciosas, nove marcas chinesas estão no Salão de SP

Montadoras do país lutam para perder o estereótipo de 'copiadoras'.
Para especialistas, China ganhará respeito mais rápido do que Japão.

O Salão de São Paulo nunca recebeu tantos carros chineses como nesta 26ª edição do evento, que segue até o próximo domingo (7). Ao todo, nove marcas estão em exposição: Lifan, Haima, Brilliance, Chana, Chery, Lifan, JAC Motors, Hafei e Effa Motors. A ideia dos importadores é atrair clientes das marcas já consolidadas no país para carros que unem baixos preços e maior número de itens de série.
Por enquanto, a fórmula ainda não afetou a produção brasileira de veículos, mas, de acordo com especialistas, a velocidade de desenvolvimento dos carros chineses será muito mais rápida do que foi com japoneses e sul-coreanos.
Para o diretor da consultoria Roland Berger, Stephan Keese, entre 2015 e 2020 os chineses, atualmente vistos com certo receio, vão ter o respeito do mercado. O que é considerado muito rápido, já que a indústria automobilística daquele país começou a exportar em 2000. A japonesa, por exemplo, precisou de 40 anos — ela começou a despontar em 1950 e atingiu o reconhecimento em 1990. Já a sul-coreana levou 30 anos e se consolidou em 2000.
Keese ressalta que o ritmo acelerado das chinesas é justificado pela capacidade de seus fornecedores e por tudo o que aprenderam tecnologicamente com as cópias que, ironicamente, as estereotiparam. “Os chineses aprendem muito rápido. Hoje em dia, eles desenvolvem o próprio design e a própria tecnologia”, ressalta o consultor.
Chery QQ  
Chery QQ quer o título de carro mais barato do Brasil (Foto: Raul Zito/G1)
O que facilita, e muito, esse processo é o fato de muitas fabricantes estarem em joint ventures com companhias estrangeiras, como Volkswagen, General Motors, Honda, Ford, entre outras. Tudo por exigência do governo chinês, que não permite a abertura de montadoras estrangeiras sem parceria com as locais.
“As montadoras menores, que não possuem joint ventures, ainda mantêm a baixa qualidade em seus carros, porque são menos cuidadosas ao escolher materiais e fornecedores. Elas estão muito focadas em preço. Mas isso também está mudando aos poucos”, ressalta Keese.
Estreante no Brasil
Para o presidente do Grupo SHC, Sérgio Habib, o “respeito” será alcançado em dois anos. O empresário é o responsável pela chegada da JAC Motors ao Brasil. As primeiras lojas da marca serão abertas a partir de março do ano que vem. “Os chineses vão levar de cinco a sete anos para serem reconhecidos, mas nós já estamos no quinto ano. Os carros da JAC são mais resistentes que os carros brasileiros e têm mais tecnologia”, defende Habib.
Mesmo com o avanço tecnológico, o foco das chinesas continua no preço. Por isso, as montadoras com fábricas no Brasil correm atrás do tempo perdido e buscam competitividade. “Os chineses já estão aqui. E eles vêm com uma posição muito clara: mudar o patamar de preço e de competitividade. Então, eles impõem um padrão de competitividade que nós nunca imaginamos que deveríamos ter”, afirma o diretor de assuntos corporativos e governamentais da Ford Brasil, Rogélio Golfarb.
Segundo ele, entre as cartas na manga da Ford está o trabalho com produtos globais, que nascem para o mundo, mas que têm todos os dados e influências da engenharia local. Outro ponto, no caso específico do Brasil, é o investimento pesado em inovação e em engenharia. O resultado é a nova geração da EcoSport, que será exportada de Camaçari, na Bahia, para diversos mercados. “O EcoSport do futuro será global e desenhado por brasileiros”, destaca.
China está com carros elétricos nas mãos
Enquanto os japoneses viraram referência em tecnologia e modo de produção, e os sul-coreanos, em SUVs, a China deverá se consolidar nos segmentos de compactos, vans e elétricos/híbridos.
A JAC Motors expõe no salão o modelo J5 Hybrid, equipado com um motor a combustão e um elétrico. De acordo com Habib, na China, a empresa já desenvolve veículos elétricos e aposta como realidade no país em poucos anos. Mas esse privilégio não é exclusivo da JAC. As grandes fabricantes de veículos locais apostam na tecnologia híbrida e elétrica porque o país é o maior fabricante de baterias de íon-lítio do mundo.
JAC J5 Hybrid 
JAC J5 Hybrid traz um pouco da tecnologia genuinamente chinesa (Foto: Raul Zito/G1)
Desenvolver carros elétricos significa ainda ganhar mais espaço no mercado global futuramente. De acordo com Stephan Keese o apelo “preço” vai se perder ao longo dos anos. “Hoje, os carros produzidos na China custam a metade do preço de um brasileiro. Mas eu acho que o segmento de carros de baixo custos vai passar para as mãos das fabricantes indianas”, analisa o diretor da Roland Berger.
Antes disso, a Chery pretende esquentar a briga na disputa pelo carro mais barato do Brasil. Anunciou no Salão que lançará, até março de 2011, o compacto QQ por R$ 22.900.
Cópia no Salão
Apesar de a indústria automobilística chinesa começar a deixar as cópias de lado, ainda há quem invista em “réplicas mais baratas”. É o caso da Lifan, que estreia no Salão de São Paulo com o modelo 320 declaradamente inspirado no Mini Cooper. O carro tem preços a partir de R$ 29.890 e chega como uma opção mais em conta de um supercompacto, já que os carros da Mini não saem por menos de R$ 92 mil.
Lifan 320 
Lifan 320 foi 'inspirado' no Mini Cooper (Foto: Daigo Oliva/G1)
Dotado de motor 1.3 a gasolina, para atrair seus clientes, a Lifan aposta na extensa lista de itens de série do 320, que inclui ar-condicionado, vidros e travas elétricos, faróis de milha e de neblina, duplo airbag, aerofólio, freios ABS, entre outros.
Para divulgar o "sósia" do Mini no evento, a Lifan colocou até um sósia do Mr.Bean ao lado do 320, para fazer alusão ao personagem inglês que tinha um antigo Mini Cooper. De acordo com a Lifan, o carro será acompanhado do sedã 620, do hatch médio 520 e do utilitário esportivo SUV.
Foco no Nordeste
Ambição não falta para os novos concorrentes. A expectativa da Lifan é vender 2,5 mil veículos até o fim de 2010. Para 2011, quer atingir 20 mil unidades comercializadas. Já a Chery quer alcançar 150 mil unidades no mercado nacional em 2013, quando a fábrica de Jacareí, no interior de São Paulo, começará a operar.
Já a JAC Motors projeta vender 35 mil carros em 2011 e atingir 1% de participação no mercado nacional. O foco serão as vendas na região nordeste do país. “Um terço das 46 concessionárias que vamos abrir inicialmente está no Nordeste”, destaca Sergio Habib.